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24 de julho de 2009

CARISMAS


“Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome; falarão novas línguas; manusearão serpentes e se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados” (Mc 16, 17 – 18).

Os carismas eram comuns nos início da Igreja. Basta ler os Atos dos Apóstolos e as cartas de São Paulo. Depois, por alguns séculos, eles se mantiveram restritos aos grandes santos. Assim, pensava-se que os carismas eram para alguns homens e mulheres reconhecidamente santos, místicos e penitentes.
Os carismas, portanto, não são novidades trazidas pela Renovação Carismática, a não ser no aspecto do seu exercício nos tempos atuais. Os grupos de oração tornaram possível a sua manifestação em maior intensidade, percebendo sua qualidade de “dom” para todos os que crerem, conseqüência normal do batismo no Espírito Santo (Lc 11, 13).
Foi o documento conciliar Lumem Gentium que traçou as primeiras diretrizes sobre carismas para os tempos atuais:
“... o Espírito habita na Igreja e nos corações dos fiéis (...) dirige-a mediante os diversos dons hierárquicos e carismáticos. (...) Não é apenas através dos sacramentos e dos ministérios que o Espírito Santo santifica e conduz o Povo de Deus (...), mas, repartindo seus dons a cada um como lhe apraz (1Cor 12, 11), distribui entre os fiéis de qualquer classe mesmo, graças especiais (...). Estes carismas, quer eminentes, quer mais simples e mais amplamente difundidos, devem ser recebidos com gratidão e consolação, pois que são perfeitamente acomodados e úteis às necessidades da Igreja. Uma vida mais plena no Espírito Santo, a unção carismática do Espírito Santo, contempla a Igreja com toda uma amplitude de dons” (nº 4 e 12).
Os carismas estão amparados na doutrina da Igreja, além de serem fundamentados biblicamente. Esses dons de adoração, louvor e oração, aprofundam a dimensão contemplativa da fé cristã, e as dádivas de serviço animam a vida de santidade. “Todos os carismas trazem nova docilidade ao Espírito, a fé esperançosa na salvadora intervenção de Deus nas questões humanas, acentuado zelo pelo Evangelho e o respeito pela autoridade da Igreja” (Conferência Católica dos EUA, Declaração Pastoral sobre a RCC, p. 7).
Nesse sentido, é necessário afirmar a atualidade dos carismas e promovê-los como realidades necessárias à evangelização e ao crescimento pessoal e de cada cristão. São Pedro aviva essa esperança: “Pois a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus” (At 2, 39). O exercício dos carismas é tanto mais necessário por causa das dificuldades do tempo presente, marcado pela indiferença religiosa e pelo abandono dos valores espirituais e morais do cristianismo; este tempo cobra não só um testemunho autêntico dos cristãos convictos, com também demonstrações do poder do Espírito.
Convém abalizar dons efusos, que é matéria deste estudo, dos dons infusos:
a) Dons infusos – temor de Deus, fortaleza, piedade, conselho, conhecimento, sabedoria e discernimento (cf. Is 11, 1 – 3). Esses dons são concedidos para a pessoa (infundidos), aprimoram e reforçam as virtudes, constituindo-se em benefícios para o crescimento pessoal;
b) Dons efusos – línguas, profecia, interpretação, ciência, sabedoria, discernimento dos espíritos, cura, fé e milagres (cf. 1Cor 13, 8 – 10). Esses dons são para o serviço e o bem comum, e são concedidos como manifestações atuais, de acordo com a vontade de Deus.

Fonte: Escola de Formação Paulo Apóstolo - Módulo Básico (Apostila 1)

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