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11 de setembro de 2009

A história que nos relata a Bíblia

“Toda a Escritura é inspirada por Deus, é útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça” (II Tm 3, 16).


Os livros da Bíblia nos apresentam um conteúdo de extraordinária variedade. São testemunhos da evolução da religião do verdadeiro Deus ao longo da história do povo hebreu. Vejamos, num resumo, a história que a Bíblia nos apresenta, que é a História da Salvação.

A ciência nos afirma que a Terra existe há uns 5 bilhões de anos, que vida existe a uns 3 bilhões de anos, e o homem a uns milhões de anos. Trata-se de uma tarefa difícil fixar datas antigas, pois o que sabemos se resume a um período de 5000 anos aC, o suficiente para caírem em vista três regiões do Oriente Médio: o Egito, a Mesopotâmia e a Palestina. O nome do Egito aparece 581 vezes no Antigo Testamento, e 23 vezes no Novo Testamento. Na Bíblia, o Egito é denominado por Terra de Cam (Sl 104, 27) ou ainda Raab (Sl 86, 4). A riqueza do Egito é o Rio Nilo. Segundo a Bíblia, essa região produz tudo, desde trigo, centeio, cevada, até pedras preciosas. A Mesopotâmia é uma região que fica entre dois rios: o Tigre e o Eufrates. É uma terra de movimento. São povos que vêm e vão; inventam e constroem. Criaram uma das primeiras civilizações do mundo. De certa maneira, se pode dizer que a Mesopotâmia é o berço da humanidade. A Palestina é uma espécie de “terceiro mundo” entre os dois grandes vizinhos: Egito e Mesopotâmia. Segundo a Bíblia, a Palestina (nome fixado pelos romanos), também já chamada Canaã, era uma “terra onde corria leite e mel” (Êx 3, 8; Dt 26, 9). Deus olhou para esta terra e fez dela o cenário do drama bíblico.

Lá por volta do ano 1800 aC, época de crises sócio-políticas muito grandes, alguns semitas, entre eles Abraão, emigraram de Ur para Harã. Abraão emigrou para a Palestina na época em que reinava o rei Hamurábi. Antes disso, é impossível fixar uma data para os acontecimentos narrados nas Escrituras. Com a vinda de Abraão para a terra de Canaã (Israel – Palestina – Líbano) começa a História Santa que a Bíblia nos conservou. Ele será o pai de um povo numeroso e abençoado (Gn12, 1 - 8). A Aliança consistirá na fidelidade que o povo saído de Abraão deverá guardar para com Deus. Abraão tem dois filhos: Ismael (Gn 16, 1 – 15), do qual descendem os ismaelitas (árabes) e Isaac (Gn 21, 1 – 7), o filho da promessa. A Ismael, fruto da tentativa humana de Abrão ter um descendente, Deus indica um destino próprio, protegendo-o com a sua mãe, a escrava Agar (cf. Gn 21, 8 – 21). Embora nascido depois de Ismael, Isaac é escolhido como herdeiro, uma prova de que Deus não depende das prioridades ou conveniências humanas (cf. Gn 17, 15 – 22).

Do casamento de Isaac com Rebeca nascem Esaú e Jacó (Gn 25, 24 – 26). É neste último que se fixa a livre escolha de Deus. Jacó (Israel) é o elo que levará às gerações futuras a bênção divina (Gn 25, 27 – 34; 27, 1 – 40). Deus dá a Jacó doze filhos: os doze patriarcas de Israel (Gn 29, 31 – 30, 24; 49, 3 - 28). Entre os filhos de Jacó, José torna-se o titular da eleição e da bênção divina. Depois da morte de José, os hebreus, estabelecidos no delta do Rio Nilo, tiveram que suportar o jugo dos egípcios (Êx 1, 8 – 14). Em toda a Bíblia, o Egito tornar-se-á o símbolo do adversário-tipo do povo eleito, o poder terreno que procurará contrariar os planos divinos.

Pelo ano 1250 a. C., Deus suscitou um libertador na pessoa de Moisés (Êx 3, 1 – 12). Sob sua guia, os hebreus atravessaram o Mar Vermelho para se dirigirem à Terra de Canaã (Êx 14). Moisés estabelece uma aliança (pacto) entre o Senhor e o povo (Êx 19 – 24). Para procederem conforme essa aliança, Moisés dá ao povo a “Lei” (“Torá”). Por isso, Moisés é considerado o primeiro dos profetas (testemunhas ou porta-vozes de Deus). Depois da morte de Moisés, Josué introduz o povo na terra prometida e lidera a tomada de posse dessa “herança” (Js 1).

A terra ocupada foi distribuída em doze territórios de acordo com as doze tribos, as quais foram, progressivamente, se estabelecendo nas montanhas e vales de Canaã. Nesse período que durou cerca de 200 anos, as tribos de Israel foram governadas por líderes locais, chamados juízes (Jz 2, 6 – 18). Em tempo de ameaça dos povos de Canaã e de outros estranhos, alguns estranhos, algum juiz pode reunir as diversas tribos para se defenderem (Jz 4 – 5).

O último juiz, Samuel, que era também profeta, terminou por conceder ao povo a constituição de um reino (1 Sm 8). Assim, Saul foi sagrado rei por volta do ano 1000 a. C. (1 Sm 10). Saul não passou de um pequeno rei local, sendo seu reinado apenas um prelúdio. Estava reservado a Davi, seu sucessor, firmar o poder real, primeiro sobre a tribo de Judá, durante sete anos e seis meses (2 Sm 2, 1 – 11), e, em seguida, sobre o conjunto de todas as tribos de Israel (2 Sm 5, 1 – 5).

A Davi sucede, em 970 a. C., Salomão (1 Rs 1, 11 - 40), que organiza o reino de Israel, faz aliança com o Egito e com Tiro e constrói o Templo de Jerusalém. Pouco depois de sua morte, sob o reinado de Roboão, em 930 a. C., há uma dissensão que termina com um cisma (1 Rs 12, 1 – 24): as dez tribos do norte separam-se das de Judá e Benjamim, para constituírem um reino independente. O primeiro rei do norte (Reino de Israel) foi o rebelde Jeroboão I. Um dos seus sucessores, Amri, construiu Samaria como nova capital. Seu filho Acab lhe sucede no trono. No tempo deles atuam os profetas Elias, Eliseu e Miquéias. No sul (Reino de Judá) perpetua-se a linhagem de Davi. O sucessor de Salomão foi Roboão. Mas o sul só ganhou importância com o rei Josafá, que se uniu a Acab na luta contra os arameus (sírios), no século 8º a. C..

O reino de Judá foi declinando aos poucos, até que em 598 a. C., Nabucodonosor se apodera de Jerusalém. O conquistador deportou para a Babilônia uma parte da população, ficando o país conquistado sob a administração de um governo caldaico. O exílio dos israelitas durou até 538 a. C.. Em 331 a. C., a Palestina inteira foi conquistada por Alexandre Magno. Entre 175 e 163 a. C., os judeus atravessaram um período de grandes tribulações por parte do rei da Síria, Antíoco Epifanes. Foi a época da revolta e da guerra santa de libertação, empreendida por Judas Macabeu. A Judéia conheceu então uma independência que se estendeu por cerca de um século.
No ano 63 a. C., a Palestina foi invadida, sendo reduzida a uma província romana. Pouco depois, o imperador entrega o governo da Palestina a Herodes Magno. Após a morte deste, o território foi dividido em quatro partes (tetrarquias). O governo da Galiléia coube a Herodes Antipas. Foi por volta do ano 5 anos da era cristã que Jesus nasceu em Belém, sendo César Augusto imperador romano.

Cristo foi pensado no plano de Deus como o Centro. Toda a Escritura converge para Ele. Tendo se encarnado, Jesus dirigiu aos homens a Palavra do Pai, mostrando-se cheio de misericórdia pelos pequenos, pobres, doentes e pecadores, colocando-se ao lado dos perseguidos e marginalizados, anunciando ao mundo que Deus é Pai e cuida de todos. Jesus morre para salvar a humanidade, expiar os pecados e oferecer reconciliação com Deus. Com o sangue de Cristo se estabelece a Nova e Eterna Aliança. A Igreja, planejada desde a criação do mundo, é instituída pela entrega de Jesus no Calvário, e promulgada e manifestada no dia de Pentecostes, tornando-se presente no mundo como Sacramento (sinal) de Salvação.

Organização: Grupo de Formadores da RCC Camocim

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