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23 de outubro de 2009

O DOM DE INTERPRETAÇÃO DAS LÍNGUAS

“Quem fala em línguas, peça na oração o dom de interpretar” (1 Cor 14, 13).

O carisma da interpretação das línguas é a faculdade de perceber o sentido da oração ou da profecia em línguas. Não se confunde com tradução. Trata-se de um impulso, através de uma unção espiritual, por meio do qual a pessoa capta o sentido da mensagem e comunica-a, para torná-la compreensível aos membros da comunidade. É, portanto, uma profecia motivada e antecedida pelo dom das línguas (1 Cor 14, 2. 5. 13). Tanto “o falar” como “o orar” e “o cantar” em línguas só se tornam mensagem profética quando houver interpretação.

Ocorre muitas vezes numa assembléia carismática, a oração ou o canto em línguas, numa harmoniosa alegria pela presença de Deus. Durante a oração ou canto em línguas ou no silêncio que se segue, uma voz destaca-se das demais. Outras vozes se calam porque sentem que o Espírito está agindo, dando uma profecia em línguas (falada ou cantada). Após a profecia em línguas faz-se silêncio para a escuta da interpretação.

A interpretação pode vir pela mesma pessoa ou por outra, de forma direta, como uma palavra de profecia. Pode ocorrer também a interpretação indireta, por meio de visualização, recordação de versículos bíblicos, ou fatos, entre outras formas. Da mesma forma que na profecia, o dom da interpretação das línguas pode ocorrer durante o “ciclo carismático”: louvor – silêncio – profecia em línguas e interpretação – louvor a Deus.

O exercício do dom de interpretação das línguas segue os mesmos princípios que para o dom de profecia. De forma pessoal ou comunitária, a interpretação ocorre após a emissão de uma mensagem em línguas, podendo ter duração diferente. A interpretação deve ser concisa, anotando com clareza a mensagem do Senhor. Quem recebe o dom da interpretação percebe que as palavras lhe vêm à mente de forma abundante, e deve dizer o que o Senhor lhe inspira. Assim como há uma unção para profetizar, uma mensagem em línguas também é precedida por uma unção. O intérprete recebe um impulso interior para a interpretação. Aliás, a unção do Espírito caracteriza o exercício dos dons.

Pode acontecer que várias pessoas recebam a mesma interpretação da mensagem ouvida. Neste caso, o senso de que a interpretação ouvida é correta, é ratificado. Como na profecia, deve-se dizer em voz alta: “eu confirmo!”. Após receber uma ou mais mensagens em línguas com interpretação, o procedimento do dirigente deve ser – como após a profecia – deixar algum tempo para o louvor e resposta ao Senhor, de acordo com o conteúdo da mensagem. E quando o Senhor fala, Sua palavra traz frutos poderosos para todos. Uma vez interpretada, a manifestação das línguas tem todas as utilidades da profecia: edificar, exortar e consolar (cf. 1 Cor 14, 3).

Nossas comunidades precisam experimentar toda a riqueza dos dons do Espírito Santo, e o carisma da interpretação leva ao Pai, por Jesus, no poder do Espírito Santo, orientando os filhos de Deus a fazer a Sua vontade. Quem deseja, quem quer pede: “Tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e ser-vos-á dado” (Mc 11, 24). Porém, não nos esqueçamos que tais dons devem ser colocados a serviço do próximo, em prol da edificação e do fortalecimento da comunidade.

Bibliografia consultada: Escola de Formação Paulo Apóstolo - Módulo Básico (Apostila 2).

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