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3 de outubro de 2009

O DOM DE LÍNGUAS

“... o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém; mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos segundo Deus” (Rm 8, 26 – 27).

O dom de línguas é uma oração feita por meio de sons emitidos, movidos por inspiração do Espírito Santo, que lhes dá o sentido. Não se trata de língua no sentido que apresenta a lingüística, porque não há conceitos humanos, mesmo desconhecidos. Consiste em dizer palavras sem conhecer-lhes o significado; proferir palavras que não são, propriamente, manifestação de um pensamento formulado pela mente; usar a língua, a voz, para expressar ao Senhor os sentimentos que vêm do Espírito Santo.

Trata-se de um carisma para glorificar a Deus (cf. At 2, 4. 11; 10, 46); um carisma em virtude do qual o crente fala com Deus ao impulso do Espírito (cf. 1 Cor 14, 2. 28); um carisma de oração e de louvor (cf. 1 Cor 14, 14 – 15); um carisma de bênção e ação de graças (cf. 1 Cor 14, 16 – 17). Para se ter uma idéia mais clara à cerca do dom de línguas, vejamos ainda outras passagens da Sagrada Escritura: 1 Cor 12, 10; 14, 4. 13. 18. 39. Ressalte-se, ainda, que em Mc 16, 17 ele está relacionado como um dos milagres que acompanham os que crêem, como uma grande promessa de Jesus. É um milagre porque é extraordinário, fora do comum da linguagem humana.

Apesar de comentarmos que o dom de línguas é o menor e mais insignificante de todos, a Bíblia nos ensina que por este dom, o Espírito Santo ora no homem (cf. 1 Cor 14,2). Talvez o mais difícil para algumas pessoas seja o abandono e a entrega da voz, para que o Espírito ore com “gemidos inefáveis”. Alguns precisam renunciar a auto-suficiência submeter-se a ação do Espírito Santo. O gozo inefável que o mesmo Espírito traz com sua presença, a paz profunda que só Deus pode dar, a certeza de que Ele ora da melhor forma, são benefícios certos e imprescindíveis para o crescimento espiritual. A oração em línguas em línguas contém um caminho de enriquecimento espiritual. Na medida em que cresce a oração, modifica-se a vida pela ação amorosa e misteriosa de Deus.

No pentecostes aconteceu a primeira manifestação do dom de línguas de que se tem conhecimento (At 2, 1 - 13). Depois do pentecostes, o dom de línguas difundiu-se também entre todos os cristãos (At 10, 44 - 48; 19,6). O grande desejo de São Paulo é manifestado assim: “De minha parte, desejaria que todos falásseis em línguas...”

A Igreja indica que a oração em línguas é, verdadeiramente, ação do Espírito; é um dom que provém do Senhor; tem por meta o bem da Igreja e acha-se a serviço da caridade:
“... São, além disso, as graças especiais, designadas também ‘carismas’, segundo a palavra grega empregada por São Paulo, e que significa dom gratuito, benefício. Seja qual for o seu caráter, às vezes extraordinário, como o dom dos milagres ou das línguas, os carismas se ordenam à graça santificante e têm como meta o bem comum da Igreja. Acham-se a serviço da caridade, que edificam a Igreja” (CIC, parágrafo 2003).

Bibliografia consultada: Escola de Formação Paulo Apóstolo - Módulo Básico (Apostila 2).

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