Divórcio: “bom” para os pais, bom para os filhos?

As gerações anteriores julgavam  que o divórcio era uma “liberdade” e uma “conquista” a ser aproveitada.  Porém, para a geração de jovens que hoje estão casando, e que sofreram  as consequências do divórcio de pais e avós, o ideal é o oposto. 
 “Aconteça o que acontecer, nós nunca divorciaremos”, é a frase que os caracteriza, escreveu Susan Gregory Thomas no “The Wall Street Journal”.
 Nos EUA, os índices de divórcio  atingiram um auge por volta dos anos 80. Porém, agora estão no nível  mais baixo desde os anos 70.
 Segundo os resultados oficiais do Censo Nacional (U.S. Census), 77% dos casais que se casaram desde 1990 comemoraram seu 10º aniversário de casamento.
 O Censo mostrou também que quase 50% nessa geração provêem de famílias quebradas.
 A maioria dos filhos de casais  divorciados, segundo o livro Generations, de William Strauss e Neil  Howe, se sente infeliz por causa do divórcio dos pais. Eles apanharam  nos brutais processos e nas brigas judiciais dos progenitores.
 Os próprios “divórcios amistosos”  deixaram profundas feridas. E alguns deles apresentam uma ficha  psiquiátrica semelhante à dos “órfãos de guerra”. Eles não têm um pai ou  uma mãe a quem recorrer no resto de suas vidas.
 Muitos “sobreviventes” do divórcio dos  pais e das crises geradas pelo adultério hoje estão dispostos a poupar  esse drama a seus filhos.
 E a frase “retrógrada” voltou com força: “as crianças antes de tudo”, o que também quer dizer “não divorciaremos”.
 “Ainda não achei a mãe ou o pai divorciado que se sente bom progenitor”, escreveu Susan Gregory Thomas, autora do livro In Spite of Everything: A Memoir. 

Agora, conclui Susan, só nos fica aguardar que as novas gerações ajam de modo diverso, pelo bom caminho.
 
 
 
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