Maternidade, um dom que vem do céu
Tantas vezes ouvi
este ditado e, hoje, quero manifestar a minha interpretação sobre ele.
Será que isso é ruim? A expressão padecer traz esta conotação negativa,
pesada, mas, na verdade, não é bem assim…
As mães vivem um certo desconforto desde a gestação (enjoos, azia, inchaço). No
parto com suas dores próprias, depois nos primeiros dias a adaptação e
interpretação do choro do bebê, o sono, o cansaço. São situações reais
que parecem eternas pela intensidade, mas, de repente, passam… E alguns
meses depois, o padecimento é outro: voltar ao trabalho e deixar o
filho, afinal ninguém vai saber cuidar do filho como a mãe. Doce ilusão!
Mais
adiante, a entrada na escola. “Quem será o professor?”, “Será que vai
acompanhar a aula?”, “O que vai comer no lanche?”, “Quem serão os
colegas?” “E se alguém bater no meu filho?” Nós insistimos em viver a
vida dos filhos e, com isso, “padecemos”, pois não temos o mesmo
entendimento das crianças. E quando chega a adolescência? Nossa! Aí
entra outra fase. Só mudam as preocupações, filho criado, trabalho
dobrado…
Mas e aquilo que plantamos na educação deles?
Não valeu a pena? As mães de hoje são, na sua maioria, frutos da
geração de transição do feminismo e do sexo, drogas e rock'n roll. Achar
o equilíbrio não é fácil. Anterior a nós houve a geração de pais que
acreditavam que a liberdade era a melhor opção de educação para os
filhos vivendo o “é proibido proibir”.
Hoje
já percebemos que os limites são necessários na formação de qualquer
ser humano. E por isso, às vezes, dar um “não” ao filho chega a ser um
padecimento, pois sabemos que ele(a) queria muito tal coisa ou tal
situação, mas percebemos que não é o melhor naquele momento, e isso
gera um certo desconforto no relacionamento entre mãe e filho(a).
Aí
mais do que padecer é compadecer, é sofrer, pois apesar de estarmos
conscientes da decisão tomada não gostamos de ver nosso(a) filho(a)
triste. E mais uma vez, apesar de toda intensidade, veremos que isso
também vai passar!
Assim
como nós que, hoje, neste papel de mãe, reconhecemos e aceitamos a
postura que as nossas mães tiveram conosco. E pensamos: “Elas estavam
certas…” Olhando tudo isso parece que o ditado está certo… ser mãe é
padecer no paraíso. Agora é preciso dizer que tudo isso vale a pena!
Veja bem: vale a pena e não valeu ou está valendo… ser mãe vale por toda a vida?
A presença, a realização, as conquistas, as alegrias e as tristezas de
um(a) filho(a) não têm preço. Este é o nosso paraíso: a maternidade!
As mães são capazes de abrir mão e renunciar a várias coisas na vida,
somente não conseguem renunciar a maternidade. Esta é inegociável!
Parabéns a todas as mães, avós, tias, madrinhas, sogras… que, de uma forma ou outra, são mães em nossas vidas!
Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, nos ensine e conduza na vivência da maternidade segundo o coração de Deus!
Carla Astuti - Comunidade Canção Nova
Fonte: http://www.cancaonova.com
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