O monsenhor Juan Claudio Sanahuja
O
monsenhor também é colaborador do Conselho Pontifício pela Vida e, em
2011, recebeu do Papa Bento XVI o título de Capelão de Sua Santidade.
Em sua estadia no Brasil, o religioso esteve na Canção Nova nesta
quinta-feira, 24, participando do programa “Escola da Fé”.
De
acordo com o sacerdote, uma das grandes preocupações da Igreja hoje
são os constantes ataques ao cristianismo, buscando esvaziar as
pregações, as crenças religiosas e os dogmas da religião, em especial
do catolicismo.
“Há
um movimento empenhado em destruir o cristianismo. A Organização das
Nações Unidas (ONU) fala claramente dessas religiões dogmáticas e
principalmente da católica, dizendo que elas atentam contra a justiça, a
paz, ao diálogo e ao desenvolvimento”.
Sobre
o papel da ONU em questões como a defesa da vida, por exemplo, o
monsenhor acredita que o órgão se converteu em uma organização que gera
políticas antivida e antifamília. Ele ressaltou a necessidade de
reinterpretar os textos dos Tratados Internacionais dos Direitos
Humanos. “Sem que os tratados falem, por exemplo, de aborto, os comitês
de seguimento dos tratados impõem aos Estados, como se fosse parte dos
tratados políticas de aborto”, disse.
Em meio a tantos problemas, como os próprios ataques às religiões, a sociedade se questiona acerca de seus princípios éticos e até mesmo morais. Para monsenhor Sanahuja, a ONU não deve interferir na redefinição da ética, uma vez que esta tarefa não é sua missão e, se adotada pelo órgão, pode acabar sendo utilizada para outros fins.
Em meio a tantos problemas, como os próprios ataques às religiões, a sociedade se questiona acerca de seus princípios éticos e até mesmo morais. Para monsenhor Sanahuja, a ONU não deve interferir na redefinição da ética, uma vez que esta tarefa não é sua missão e, se adotada pelo órgão, pode acabar sendo utilizada para outros fins.
“Qualquer
tentativa de criar uma nova ética internacional da ONU ou de outras
organizações internacionais é um abuso de poder, uma maneira para
manipular as consciências dos cidadãos”, alertou.
Temas polêmicos
Sobre
temas polêmicos, como a questão do aborto, eutanásia e
homossexualismo, monsenhor Sanahuja acredita que não são questões para
serem tratados em âmbito político. “São conceitos que não poderiam
estar submetidos a consensos partidários, à política. Infelizmente tem
católicos que negociam esses princípios”.
No
caso específico da recente aprovação do aborto de anencéfalos no
Brasil pelo Supremo Tribunal Federal, o sacerdote recorreu às palavras
do Papa João Paulo II, hoje beato, para expressar o quão difícil é
assumir um posicionamento de defesa da vida tendo em vista que a opção
implica em abrir mão de algo. De acordo com ele, o beato enfatiza que
essa é uma tarefa que pode levar as pessoas a terem que abandonar suas
posições profissionais adquiridas e os projetos futuros relacionados à
carreira, por exemplo.
Diante
dessa realidade, o monsenhor acredita que uma das formas da sociedade
poder atuar de forma mais incisiva nos debates sobre a defesa da vida é
os pais se associarem e constituírem grupos de pressão, já que, como
cidadãos, têm liberdade para isso. “Não é necessário que esperem a
convocação, por exemplo, da Igreja, devem fazê-lo porque são cidadãos
livres que defendem seus filhos e suas famílias”, enfatizou.
Fonte: http://noticias.cancaonova.com
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