O
cristianismo é o último bastião contra o “totalitarismo” do projeto
secularista europeu, segundo a diretora do Observatório da Intolerância e
da Discriminação contra os cristãos na Europa, Gudrun Kugler [foto].
Um
grupo de reflexão austríaco e organização não governamental adverte que
a liberdade de expressão religiosa está “em risco” na Europa, devido à
intolerância secularista de esquerda.
Enquanto
os extremistas islâmicos continuam os ataques contra comunidades
cristãs no Egito, Iraque, Paquistão e em todo o Oriente Médio e Ásia, as
restrições às expressões públicas das crenças religiosas dos cristãos
estão aumentando na Europa ocidental, o berço da cristandade.
“Não
se pode comparar as injustiças daqui com a situação, por exemplo, da
Coreia do Norte, Índia ou Paquistão”, advertiu Gudrun Kugler, advogada e
diretora do Observatório da Intolerância e da Discriminação contra os
cristãos na Europa. “Os cristãos que vivem lá, apesar da feroz
perseguição,são nossos grandes modelos”.
Disse
que o cristianismo é odiado na Europa porque é “o último obstáculo para
uma nova visão do secularismo que é tão politicamente correto que raia o
totalitarismo”.
“Os
cristãos são cada vez mais marginalizados e estão aparecendo com mais
frequência nos tribunais sobre assuntos relacionados à fé. Penso que
assim estamos nos dirigindo a uma perseguição sem derramamento de
sangue”.
As
preocupações da Dra. Kugler foram repetidas pelo Dr. Massimo
Introvigne, da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa, um
italiano especialista em sociologia da religião, o qual disse esta
semana que atualmente os cristãos europeus não são “demasiado
sensíveis”.
A
discriminação contra is cristãos na Europa, disse, “é mais sutil” que
nos países onde são perseguidos de forma total, mas é real.
“Ironicamente,
uma das análises mais importante desta situação está incluída num
discurso que nunca foi feito, embora seu texto tenha sido posteriormente
dado a conhecer”, disse Massimo Introvigne. “Bento XVI preparou um
discurso para uma visita à Universidade La Sapienza, em Roma, em 17 de janeiro de 2008, onde previa debater a marginalização dos cristãos no discurso público ocidental”.
No
entanto, esse discurso papal foi arquivado depois dos protestos
realizados por um reduzido número de estudantes e professores contra a
suposta “homofobia” do Papa.
Evidentemente,
o incidente confirmou, mais do que aquilo que o Papa pudesse ter dito,
que o problema da intolerância contra os cristãos existe realmente no
Ocidente”.
O
Observatório monitora e documenta sistematicamente incidentes de
intolerância e discriminação contra os cristãos e o cristianismo em toda
a Europa. Elaborou um informe da crônica dos incidentes de
discriminação anticristã em instituições europeias entre os anos 2005 e
2010.
Kugler disse a MercatorNet que “privadamente, você pode orar e pensar como quer, mas no âmbito público há cada vez mais restrições. Judeus
e muçulmanos experimentam intolerância e discriminação. Mas também as
sofrem os cristãos, inclusive se constituem aqui uma maioria nominal”.
“Temos
recebido muitas informações em que se denuncia a eliminação dos
símbolos cristãos, representações distorcidas, estereotipadas e
negativas dos cristãos nos meios de comunicação, e os problemas sociais
que os cristãos enfrentam, como ser ridicularizados ou desfavorecidos
nos lugares de trabalho”.
Em
geral, o informe do Observatório revela que a principal falha geológica
na Europa é o enfrentamento entre as novas leis “igualitárias” postas
em curso pelas instâncias dos lobbies políticos
homossexualistas e feministas radicais, e a população ainda nominalmente
cristã da Europa. Esta ruptura tem sido favorecida por um meio de
comunicação institucionalmente anticristão, disse Kugler.
“Tenho
a impressão de que os jornalistas e os políticos são frequentemente
mais anticristãos que seus concidadãos. Mas eles formam o estado de
ânimo do país. Observamos que descrevem os cristãos, cada vez mais, como
‘homofóbicos’, machistas, intolerantes e sem experiência do mundo”.
Quando perguntada sobre o que podem fazer os cristãos, Gudrun Kugler disse: “Falar”.
“Muitos
cristãos europeus não se dão conta de que defender as próprias crenças é
uma forma de falar a favor dos fracos, dos prejudicados e dos
indefesos”.
É
um “ato de caridade cristã insistir nos direitos democráticos próprios
de cada um”, acrescentou. “Temos de buscar a inspiração em nossos irmãos
e irmãs, que com valentia enfrentam formas violentas de perseguição, em
vez de silenciar”.
Fonte: www.comshalom.org/blog/carmadelio/
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