O
Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, é o novo
presidente do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional. Escolhido
por unanimidade pelos membros do colegiado, a posse aconteceu no último
dia 8 de agosto, para um mandato de dois anos. Composto por 13
titulares e 13 suplentes, o Conselho atua como órgão auxiliar do
Congresso Nacional, tendo como atribuição a elaboração de estudos,
pareceres e recomendações sobre temas relacionados à comunicação e à
liberdade de expressão.
Responsabilidade
Responsabilidade
De
acordo com Dom Orani, cada segmento da sociedade brasileira é formado
por cidadãos que têm o desejo e o direito de se comunicar, de se
expressar e de fazer conhecer as próprias ideias. A presença de um bispo
da Igreja Católica no Conselho expressa a postura favorável da
sociedade ao direito que assiste a todos os cidadãos: o direito de expor
o seu pensamento.
“A
eleição como presidente para este mandato é um compromisso muito sério.
Como escolhido, devo cuidar e zelar para que se respeite o direito de
todos os conselheiros de fazer ouvir suas vozes, de se comunicar. Para
mim é uma grande responsabilidade assumir este serviço ao Congresso
Nacional”, disse.
Respeito à liberdade de todos
Respeito à liberdade de todos
Quanto
à questão do proselitismo religioso nas rádios e TVs brasileiras, Dom
Orani recorda que todas as potencialidades humanas devem ser exercidas
em favor do bem comum e para a promoção coletiva e de cada indivíduo.
Neste
sentido, lembra o presidente, que a Constituição deve orientar qualquer
questão, onde cada segmento da sociedade, sejam religiosos ou não, são
chamados a exercer seu direito de comunicar seu pensamento, sempre
respeitando aos demais segmentos e a liberdade de todos.
“Não
podemos ter cidadãos de segunda classe sem algum direito apenas por ter
ideias de algum segmento. As leis farão sua parte para que sejam
respeitados os valores humanos e da liberdade”, pontua Dom Orani.
Programação de qualidade
Programação de qualidade
Uma
das preocupações do novo presidente e, consequentemente dos
telespectadores, é a questão da qualidade dos programas veiculados pelas
rádios e TVs.
Dom
Orani assinala sobre os riscos das limitações, como exemplo é o caso da
TV aberta, pelo fato que dependem de patrocínios e da classificação de
audiência. Mas que o caminho, acrescentou, deve ser o aprimoramento,
para oferecer ao povo brasileiro um serviço cada vez melhor.
“Como
nada é perfeito, temos produções de qualidade duvidosa, mas também um
número significativo de bons programas. Certamente, quanto mais
programas promovendo valores como a família, a educação e pela promoção
da saúde e dos valores éticos, melhor”, pontuou.
Marco Regulatório
Marco Regulatório
A
primeira reunião do Conselho está agendada para o dia 3 de setembro, em
Brasília. Um dos assuntos da pauta, que está sendo cuidadosamente
planejada, é referente ao Marco Regulatório, dada a sua importância e a
carência da legislação brasileira nessa área.
“O
Marco Regulatório deve ser um tema constante em nossos encontros, mas
acredito que a pluralidade de ideias e experiências dos membros do
Conselho poderá somar valiosas contribuições para a definição desse tão
esperado instrumento de conduta para a nossa mídia”, lembrou Dom Orani.
Experiência em comunicação
Experiência em comunicação
Ainda
como padre, na diocese paulista de São João da Boa Vista, Dom Orani já
atuava na área de comunicação. Depois de ordenado ao episcopado, exerceu
várias funções de relevância em âmbito nacional. Desde 1998, atua como
membro do conselho superior do Instituto Brasileiro de Comunicação
Cristã (Inbrac), mantenedor da RedeVida de Televisão e, por dois
mandatos, como presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação
e Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Enquanto arcebispo de Belém, no Pará, foi presidente da Fundação Nazaré
de Comunicação, composta de rádio, jornal, portal e TV.
Dom
Orani lembra que o seu trabalho junto à Pastoral da Comunicação
certamente agregou conhecimento e experiência, seja do ponto de vista do
avanço tecnológico, como das expectativas da sociedade plural.
“Mais do que conhecimento, os cargos exercidos deu-me consciência da grande importância do tema e suas potencialidades, tendo em vista a promoção do bem comum. Eles me ajudaram a ter uma visão global do assunto e das dificuldades que existem nessa disputa, que supõe disputa de poder e de influência na sociedade”, concluiu. (SP)
“Mais do que conhecimento, os cargos exercidos deu-me consciência da grande importância do tema e suas potencialidades, tendo em vista a promoção do bem comum. Eles me ajudaram a ter uma visão global do assunto e das dificuldades que existem nessa disputa, que supõe disputa de poder e de influência na sociedade”, concluiu. (SP)
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/
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